Créditos: WSE
O Hóquei Clube de Barcelos está na final da 49.ª edição da Taça Continental, depois de vencer esta tarde o Sporting de Tomar por 6-3, numa meia-final intensa e repleta de emoção. A equipa minhota confirmou o estatuto de favorita e vai agora disputar o troféu europeu pela segunda vez na sua história, depois do título conquistado em 1991.
O jogo começou a bom ritmo, com o Sporting de Tomar a entrar determinado e a inaugurar o marcador logo aos quatro minutos e meio, por intermédio de Ivo Silva. No entanto, o conjunto minhoto respondeu de forma afirmativa: Morales empatou aos oito minutos e, pouco depois, Pedro Silva completou a reviravolta aos dez.
A reação Tomarense não tardou. Julián Tamborindegui restabeleceu a igualdade, antes de Kylian Gil voltar a colocar o emblema minhoto na frente do marcador. O jogo seguia vibrante e equilibrado, mas Carlitos, que chegou a estar em dúvida para esta partida, assumiu protagonismo e fez o 5-3 ainda antes do intervalo.
Na segunda parte, o Sporting de Tomar tentou reagir, mas a experiência e eficácia do Barcelos fizeram a diferença. Quando a equipa tomarense jogava pela terceira vez em inferioridade numérica, Carlitos voltou a marcar, fixando o resultado final em 6-3 e confirmando o passaporte para a final.
Com esta vitória, o Hóquei Clube de Barcelos volta a marcar presença no jogo decisivo da Taça Continental, procurando conquistar o troféu que lhe escapa há mais de três décadas. O adversário sairá da segunda meia-final, entre Igualada e FC Porto.
Declarações dos dois treinadores:
Nuno Lopes: “Não fomos a nossa melhor versão. O Barcelos foi mais competitivo”
Após a derrota do Sporting de Tomar frente ao Hóquei Clube de Barcelos (6-3), na meia-final da 49.ª Taça Continental, Nuno Lopes reconheceu a superioridade do adversário e lamentou a falta de consistência da sua equipa, sobretudo nos primeiros minutos do encontro.
“Não conduzimos ao melhor nível. É fácil de explicar. Ao fim de cinco minutos, já tinha alterado a estratégia defensiva porque tínhamos sofrido dois golos em bloqueios que não podem acontecer. E quando se muda a estratégia tão cedo, é porque algo não está a funcionar”, começou por afirmar o técnico.
O treinador admitiu que o resultado ao intervalo (5-3) acabou por ser “exagerado”, mas reconheceu que a sua equipa nunca se encontrou verdadeiramente em jogo.
“Equilibrámos depois da mudança tática, mas não fomos a nossa melhor versão. Não nos apresentámos com o nível competitivo que eu esperava. Na segunda parte pensei que poderíamos reagir de outra forma, mas zero golos é muito pouco da nossa parte.”
Com lucidez, Nuno Lopes destacou o mérito do adversário e sublinhou a importância de aprender com a experiência.
“O Barcelos foi melhor, foi mais competitivo. Nós estamos aqui por mérito próprio, mas se queremos voltar a estar nestes palcos, temos de inverter isto e crescer com estas experiências. Não vou ser crítico com os meus jogadores, mas há coisas que temos de retificar.”
Por fim, o técnico do Sporting de Tomar garantiu que já pensa nos próximos desafios:
“Hoje não tiro nada deste jogo. Quando não apresentamos a nossa identidade, é como na escola primária: agarramos na folha, deitamos fora e começamos outra vez. Temos de regressar àquilo que nos trouxe até aqui.”
Por sua vez Rui Neto treinador do OC Barcelos Não entramos bem, mas conseguimos dar a volta ao resultado:
“Cumprimos o primeiro objetivo, e acho que de uma forma meritória. Tivemos alguns erros, principalmente na etapa inicial, mas no geral fomos superiores e merecemos esta vitória. Em termos de espetáculo, foi muito melhor a primeira parte do que a segunda, mas como treinador tenho de ser mais pragmático no controlo do jogo.
Não entrámos bem, não apenas por termos sofrido o golo, mas conseguimos dar a volta com boas ações ofensivas. Quando se está a vencer é sempre mais fácil gerir, porque quem está a perder tem de arriscar mais.
Foi uma boa altura para dar minutos a outros jogadores. Agora é continuar com o mesmo foco: ganhar. Se me disserem que ganho e não jogo bem, assino na mesma. O objetivo é vencer.” concluiu