Créditos: WSE
O FC Porto garantiu esta noite a passagem à final da 42.ª edição da Continental Cup, ao vencer o Igualada por 5-2, após recurso à marca de grandes penalidades. No tempo regulamentar e no prolongamento, as equipas empataram a duas bolas.
Os “dragões” entraram melhor na partida, com uma postura pressionante nos minutos iniciais, mas seriam os catalães a inaugurar o marcador, aos quatro minutos, por intermédio de Marc Carol. O Porto respondeu e, depois de várias tentativas, sobretudo de Pol Manrubia foi o próprio jogador espanhol a restabelecer a igualdade, com um remate certeiro que bateu Arnau Martínez.
Ainda antes do intervalo, o Igualada voltou à frente no marcador, com Joan Ruan a finalizar após passe de Matías Pascual. Pouco depois, Pascual seria forçado a abandonar a partida, atingido acidentalmente pelo stick de Telmo Pinto, não regressando mais à pista.
Na segunda parte, o Porto regressou determinado a resolver o encontro. Criou várias oportunidades de golo, mas a falta de eficácia e algum azar, com bolas a embaterem nos postes, mantiveram o empate. O guarda-redes do Igualada esteve em destaque, travando múltiplas investidas portistas.
O empate a duas bolas manteve-se até ao fim do tempo regulamentar e também no prolongamento — dez minutos divididos em duas partes de cinco —, período em que nenhuma das equipas conseguiu marcar.
A decisão acabou por surgir nas grandes penalidades, onde o Porto foi mais eficaz: Pol Manrubia, Edu Lamas e Gonçalo Alves marcaram para os “azuis e brancos”, enquanto Roger Bars, Joel Roma e Guillem Llorens falharam pelos catalães.
Resultado final: Igualada 2 – FC Porto 5 (após penáltis).
Paulo Freitas, treinador do FC Porto:
«Não me surpreendeu a estatística nem a capacidade de eficácia. Estava à espera de uma equipa com este registo — uma equipa muito forte fisicamente, a defender com linhas baixas e com muitos jogadores amontoados dentro da área. Nós tínhamos de ter a capacidade de os encolher, de os esticar e de o fazer mais do que uma vez, para criarmos os espaços necessários e termos mais possibilidades de finalizar, de termos situações mais claras de golo.
Esta era uma equipa muito dura, e estávamos à espera disso. Mas, acima de tudo, acho que a vitória não sofre qualquer contestação, apesar de ter sido decidida na bola parada, nos penáltis. Podia ter acontecido ao longo dos 50 ou 60 minutos, embora o prolongamento tenha sido um bocadinho mais encaixado.
A equipa respondeu bem: foi agressiva, dinâmica e intensa, e produziu o suficiente para marcar golos. A forma como eles se defenderam — e nós sabíamos que isso podia acontecer — colocou-nos dificuldades na finalização.
Amanhã será um jogo completamente diferente, com uma estratégia também diferente. Mas acredito que o Joaquim Barcelos vai ter muitas dificuldades. Vai ser um jogo equilibrado, onde ambos vamos criar problemas um ao outro. O mais importante agora é recuperar os jogadores, voltar a analisar o adversário — que já defrontámos recentemente — e preparar-nos para discutir o título.
Digo há muito tempo: as finais não se jogam, as finais são para ganhar. Certamente o Rui também passa essa mensagem, e acho que amanhã vamos ter um grande espetáculo aqui no pavilhão de Barcelos.
Sou muito grato ao Barcelos — fui muito feliz aqui —, mas também sou grato pela oportunidade de representar este grande clube. Amanhã, antes do jogo começar, posso sentir um misto de sensações, porque já fui muito feliz neste pavilhão. Mas, acima de tudo, quero voltar a ser feliz conquistando um título.
Costumo dizer aos meus atletas: temos de ser felizes todos os dias. Fomos felizes a trabalhar, porque fazemos o que gostamos, e isso dá-nos mais condições para vencer. Admito que amanhã, na chegada, possa sentir alguma emoção, mas quando o jogo começar tenho de estar tranquilo e dar o meu melhor contributo à minha equipa.» Concluiu